Joanna e a Atualidade: Mensagem 26
“O homem só possui em plena propriedade aquilo que lhe é dado levar deste mundo. Do que encontra ao chegar e deixa ao partir, goza ele enquanto aqui permanece. Desde, porém, que é forçado a abandonar tudo isso, não tem a posse real das suas riquezas, mas, simplesmente, o usufruto. Que possui ele, então”?
O Evangelho Segundo o Espiritismo
Cap. XVI
A Verdadeira Propriedade
Início do item 9
Pascal, Genebra, 1860
Mensagem contida no livro Joanna e a Atualidade Através do Espiritismo
Disponível gratuitamente no site mediumfabiobento.com.br
A continuação do texto acima nos demonstra que as riquezas da alma são as únicas propriedades verdadeiras, pois que são imortais. Por outro lado, as riquezas materiais são temporárias, logo sem valor algum na vida celestial.
Tal texto, escrito em 1860, corroborava ensinamentos da época do Cristo, ainda atuais devido à insistência dos homens em permanecerem agarrados à matéria e tudo o que ela lhes proporciona, incluindo ouro e prazeres.
Muito já foi dito, por inúmeros mensageiros do Senhor, sobre o tema. Incansavelmente já se explicou que as sensações do corpo são cíclicas e insaciáveis, jamais tendo fim, e que as posses materiais de toda sorte são temporárias e absolutamente inúteis na vida futura. Por que então insistem os homens?
Insistem por duvidarem da existência do porvir? Insistem por duvidarem da procedência celeste dos mensageiros? Insistem apenas por não acreditarem na existência de Deus? Insistem sob a justificativa de previdência e para fins de herança a seus familiares?
Estes e outros motivos sempre são colocados como justificativas, mas nenhum deles é tão legítimo como a verdade. E a verdade é que os homens na atualidade gostam do dinheiro e dos prazeres que o corpo físico proporciona.
E não há mal nisso, uma vez que estão encarnados. Porém, o equívoco está em simplesmente não desenvolver e não dar atenção às riquezas da alma e às posses que efetivamente possuem valor dentro da temática espiritual.
Quando digo que não há mal, é apenas para dizer que, na condição de encarnados, estão atrelados à matéria e a ciclos de prazer e dor. No entanto, concordo que é necessário desvencilhar-se de tais ciclos e encontrar a verdadeira paz. Mas enquanto isso não é totalmente possível, por que não buscar, também, as riquezas da alma? Por que não investir tempo na busca pelo desenvolvimento da inteligência e das aptidões morais que tanto impulsionam o homem?
Atualmente vive o homem uma crise moral e mesmo de identidade. Mas é preciso ter fé em Deus e em seus desígnios para conseguir suportar o momento e prosseguir na busca pela evolução espiritual.
É preciso coragem e fé. É preciso querer ser melhor, e não apenas justificar-se, escondendo-se atrás de meias verdades.