Joanna e a Atualidade: Mensagem 8
“Aquele que não cultiva o campo que o trabalho de seu pai lhe granjeou, e o qual ele herda, vê esse campo se cobrir de ervas parasitas. É seu pai quem lhe toma as colheitas que não quis preparar? Se deixou as sementes, destinadas a produzir nesse campo, mofar por falta de cuidado, deve acusar seu pai, se elas não produzem nada”?
O Evangelho Segundo o Espiritismo
Cap. XVIII
Dar-se-á àquele que tem
Trecho do item 15
Um espírito amigo, Bordéus, 1862
Mensagem contida no livro Joanna e a Atualidade Através do Espiritismo
Disponível gratuitamente no site mediumfabiobento.com.br
Indubitavelmente, aquele que recebe um campo para trabalhar e retirar dele seu sustento é o único responsável, caso tal campo não produza o resultado que dele se espera.
Tal afirmação é lógica e não há muito o que contestar. Todavia, mesmo com a razão como guia e, de forma escancarada, abrilhantando o discurso, mesmo aqueles que atualmente dizem concordar com tal assertiva agem de forma contrária ao que dizem e, como fator de agravo, ainda entendem que seus atos estão pautados na coerência.
Significa dizer que atualmente ninguém quer ser responsável por nada, nem por si mesmo.
Temos o Pai, temos o Cristo, temos inúmeros mensageiros legítimos do Pai; temos diversos espíritos grandiosos militantes nas fileiras do bem e da paz, todos eles dispostos a prestar auxílio valoroso aos homens. Contudo, o serviço não é destes voluntários. O serviço cabe ao homem. E disso, ninguém pode furtar-se.
Porém, disposto a argumentar consigo mesmo, no intuito de se desculpar de suas próprias falhas – com o danoso propósito final de não perceber o que faz, apenas para amenizar a sua própria consciência-, o homem acredita realmente não ter responsabilidade sobre si mesmo. Acredita que suas ações sejam justificadas por elementos externos e incontroláveis a ele, mas se esquece de que nada é por acaso.
As ferramentas, os dons, as vocações que o Pai lhe entregou para cumprir nova etapa no cárcere de carne devem ser devidamente utilizadas de forma justa, franca e produtiva. No entanto, o homem as ignora, buscando possuir ferramentas que em nada o ajudarão em seu divino propósito. Trilha o caminho equivocado. Retarda, assim, seu crescimento.
Não menospreze o que possui. Utilize o que tem de forma justa e produtiva. Seja grato.
Muitos têm vocações específicas de cuidar do próximo, mas desejam que deles cuidem. Muitos têm vocações específicas para falar, mas desejam que as palavras saiam de bocas alheias.
Se você tem as ferramentas, use-as. Não se desculpe, pois que o Pai lhe cobrará a colheita.