Joanna e a Atualidade: Mensagem 9
“A ingratidão é um dos frutos mais imediatos do egoísmo; revolta sempre os corações honestos; mas a dos filhos com relação aos pais, tem um caráter ainda mais odioso; é sob esse ponto de vista especialmente que vamos encará-la para analisar-lhe as causas e os efeitos. Aqui, como por toda a parte, o Espiritismo veio lançar luz sobre um dos problemas do coração humano”.
O Evangelho Segundo o Espiritismo
Cap. XIV
A Ingratidão dos Filhos e os Laços de Família
Item 9 – Primeiro Parágrafo
Santo Agostinho, Paris, 1862
Mensagem contida no livro Joanna e a Atualidade Através do Espiritismo
Disponível gratuitamente no site mediumfabiobento.com.br
Ingratidão e egoísmo: úlceras da sociedade, na época do Cristo, antes Dele, na época de Kardec e atualmente. Por que ainda não foram extintas, se tanto mal causam? E se tanto mal causam, por que os filhos as causam a seus próprios pais?
Aqui, nesta obra, em mensagem anterior, já expomos um pouco sobre as relações entre espíritos de pais e filhos. Nesta ocasião, ficou devidamente claro que é perfeitamente possível que espíritos preteritamente antagônicos venham a animar pai e filho. Isto poderia, por si só, explicar a questão da ingratidão dos filhos para com os pais. Todavia, não é somente a questão espiritual que tal passagem aborda.
Existe a questão da própria existência, o formato da criação dos filhos, os exemplos fornecidos pelos pais, o tratamento que os pais davam, quando jovens, a seus próprios pais.
Nada pode ser descartado. Tudo faz parte de um minucioso processo. E a este processo devemos juntar as paixões e as virtudes acumuladas em existências passadas, que o espírito carrega consigo.
Mas nada, meus irmãos, pode servir de justificativa para a abertura de novas chagas de egoísmo adornadas de intolerância, eis que, tendo posto, o Pai, sua Santa Mão a unir espíritos opostos em objetivos, através do divino amor que permeia uma união consanguínea, se assim o fez, foi apenas por ser tal união perfeitamente possível e no momento certo.
Como poderia uma junção do Pai redundar em ingratidão e intolerância por ainda não ser o momento propício?
É possível, mas é preciso esforço. E esta é a chave da questão. Vontade de realização. Determinação em vencer antigas barreiras.
Enquanto os espíritos encarnados permanecerem deliberadamente deitados em suas próprias poças deletérias de fluidos passados, alimentando-se de remorsos, mágoas e de toda uma sequência de sentimentos menores, evitarão olhar para frente e estarão condenados, por eles próprios, a continuar estagnados em eventos pretéritos, que nada mais poderão proporcionar que atraso evolutivo.
Olhem para frente. Saibam que suas cargas familiares estão de acordo com suas possibilidades.
Deem espaço para o homem novo. Busquem novas e salutares resoluções. Acreditem no Pai, que lhes colocou em tal situação.
Fé e vontade de mudança.